Blog sobre o universo de Omori e seus segredos

O primeiro capítulo do mangá + Crítica


Com a finalidade de facilitar a leitura para os visitantes do blog em razão da "georestrição" do site em que o capítulo foi postado gratuitamente (usei o Urban VPN nos EUA), eis aqui ele completo. 


Capítulo 1 - Dear Little Brother...
































✯Atualização: 
(leitura mais adequada em dispositivos mobile)

Capítulo 2 (PT-BR)


O mangá em inglês será atualizado, mensalmente, por volta do dia 24 no K MANGA. Em japonês, no Comic DAYS, enquanto a versão física será lançada no Monthly Afternoon.

Sinopse no site:

 "Depois de — alguma coisa — ter mudado a sua vida há quatro anos, Sunny não saiu de casa nenhuma vez, vivendo na sua própria bolha reclusa. Na esperança de um novo começo para seu filho, sua mãe decide mudar a família para fora da cidade. No entanto, quando seu amigo de infância Kel entra novamente em sua vida, Sunny se vê empurrado de volta para um mundo que ele conheceu. Faltando apenas três dias para a mudança, a dupla encontra rostos familiares enquanto atravessa a cidade – despertando um passado sombrio que Sunny tanto tentou esquecer."

Crítica 


Sei que é muito cedo para fazer uma crítica, afinal, nos referimos ao primeiro capítulo do volume de um mangá que sequer foi lançado. Entretanto, como primeiras impressões têm sua devida importância (e como dependerei da pirataria para ler o resto), aqui está o que achei:


Pontos Positivos 

Comecemos falando dos acertos. É mais fácil, pois >>eu<<  só identifiquei três. (ouch)


No jogo, a Aubrey predominantemente ignora a presença do Sunny e só debocha de seu isolamento no primeiro momento. Aqui, ela não só joga verdades na cara dele, como humilha-o com o seu bastão e diz que nunca o perdoará - palavras fortíssimas para o Sunny.

Apesar de eu, também, não conseguir visualizar a Aubrey original tratando o Sunny dessa forma, gostei de como isso foi feito aqui.


Aprecio uma abordagem mais séria desse momento.



A cena do reencontro.



Pontos Negativos 


1. A história ficou "jogada", sem contextualização ou introdução prévia dos personagens (DEFEITO PRINCIPAL)

Sunny descendo as escadas normalmente de primeira? Oh hell naw.

Esse fator dificulta a compreensão/imersão de leitores que não jogaram o jogo e bagunça o desenrolar da narrativa. Muita coisa acontece já no primeiro capítulo, até mesmo conflitos entre personagens que não se vêem há 4 anos. Sunny é arrastado direto para fora de casa e obrigado a rever pessoas de seu passado na nossa frente, sem que tenhamos um conhecimento base, dentro do mangá, que nos prepare para tais eventos.

O jogo inicia no Headspace, onde conhecemos e interagimos com os amigos de Sunny, só para no dia seguinte podermos descobrir como eles são na vida real. Ou seja, dá tempo para desenvolver o carisma deles e para surpreender o jogador com suas versões externas à imaginação do protagonista. Ficamos todos surpresos com a aparição de uma Aubrey diferente e uma maior interação com Basil, que desapareceu no mundo dos sonhos. No mangá, a ordem desses acontecimentos é invertida.

E, para piorar, Sunny adentra o Headspace da maneira mais aleatória e anticlimática possível - desmaiando depois de esfaquear a Aubrey, no meio do parque.

Definitivamente, a pior parte de tudo isso é que o Sunny não tem mais amnésia dissociativa. Ou seja, ele está ciente, desde o início, do incidente com a Mari. Olha, na minha concepção, esse cara não aguentaria 4 anos recluso com um trauma desses na mente assim. Ele não duraria nem 2 anos.

Além do mais, há um furo de roteiro enorme: Sunny sequer enfrenta o "Medo do Escuro" antes de sair de casa e não tem problemas quanto a descer as escadas, um dos locais mais desagradáveis para ele ali. Ao invés disso, mesmo sendo dia, ele fica com medo de abrir a porta para o Kel, sendo que nem acontece o evento da Hellmari anteriormente. 


2. Sunny é muito emotivo



Sunny, originalmente, não expressa emoções com frequência em razão do estado de sua saúde mental, após todo o trauma sofrido - que ele mesmo falha em recordar facilmente. É um mecanismo de defesa. Ele não é capaz de controlar suas emoções adequadamente por ter passado 4 anos reprimindo e desfigurando sua própria história. Então, ele só deveria começar a demonstrar melhor ao longo de seu desenvolvimento, quando retoma, aos poucos, o contato com a realidade. Tirar essa característica dele é deturpar o personagem.

Não há problema em o Sunny expressar emoções de vez em quando (até porque quanto mais elas são reprimidas, mais intensamente transbordam), mas o tempo todo é errôneo.

Aliás, fazendo referência à imagem da esquerda... Considerando o que acontece no jogo, esse high-five tá totalmente deslocado.

3. Traço infantilizado

           

O traço é infantil demais para a idade dos personagens (16 - 19). É bonito, mas não serve para eles - no máximo, para o Sunny e o Basil e claro, os personagens do Headspace mais do que quaisquer outros. Aubrey virou uma criança cabeçuda e o Kel do jogo provavelmente não curtiria essa versão dele.

A anatomia deles ficou bem tosca pelos braços e pernas finos com um cabeção, fora os rostos quase totalmente iguais.


4. Isso era para ser legítima defesa?




Conclusão 


Desculpa, o negócio recém saiu e já esculachei com ele. Infelizmente, essas falhas derrubaram a maior parte do meu hype. Eu não gostei do mangá e o achei RUIM.

Também descobri coisas nojentas (fazem sentido quando se nota a infantilização dos personagens) sobre o Nui Konoito. Como se já não bastasse a Omocat. Encontraram algumas postagens/artes antigas dele (tinha até de sunny x basil).

Sinceramente, por causa dessas polêmicas, eu tenho vontade de esquecer Omori de vez e abandonar esse blog (não apagar, pois ele é muito bonitinho). Mas aqui estou eu de novo, tentando separar a arte do artista.

 Acho que não irei acompanhar o mangá, esses assuntos reviram meu estômago.

Nenhum comentário:

Postar um comentário